surto de toxoplasmose

Aplicativo ajuda a analisar o surto de toxoplasmose em Santa Maria

Thays Ceretta


Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Aplicativo criado para auxiliar na identificação da toxoplasmose

Para ajudar a mapear os casos de toxoplasmose na cidade, o Laboratório de Geomática, ligado ao Departamento de Engenharia Rural do Centro de Ciências Rurais da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), trabalhou por cerca de uma semana na produção de um aplicativo que promete agilizar o trabalho dos profissionais da área da saúde. A partir da expertise que o laboratório tem em desenvolver os aplicativos na parte de geoprocessamento, a equipe se colocou à disposição da prefeitura para colaborar com o mapeamento dos casos notificados e confirmados no município.

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O objetivo é dar mais agilidade ao processo de busca ativa que foi encampado por uma equipe de 12 profissionais das Vigilâncias em Saúde do Estado e do município. O grupo conta com uma médica, um psicólogo, quatro enfermeiros, dois médicos veterinários, um engenheiro ambiental, um agente administrativo e seis residentes de Enfermagem, Biomedicina, Medicina Veterinária e Odontologia e é coordenado pela médica Ivone Menegolla. Além deles, técnicos do Ministério da Saúde também estão na cidade reforçando as investigações. Porém, ainda não há prazo para as folhas de papel serem substituídas pelas tecnologia de aplicativo.

O coordenador do laboratório, Enio Giotto, explica que a ideia é que os profissionais preencham as questões em 15 minutos pelo celular, otimizando o trabalho da equipe e, além disso, façam uma correlação entre os elementos para chegar a um diagnóstico do que pode ter causado a doença.

- A equipe de saúde do Estado e do município nos passou um questionário com todas as perguntas que fazem parte do diagnóstico do surto, feito especialmente para Santa Maria. Em uma semana, estruturamos o aplicativo que tem 321 perguntas. O georreferenciamento vai ajudar na identificação e visualização dos casos, dando mais agilidade na hora de fazer o levantamento e diagnóstico dos casos, sem contar na rapidez no que diz respeito à transmissão de dados, que hoje está sendo feitas em fichas de papel - esclarece o professor.


Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Enio Giotto é coordenador do laboratório que desenvolvei o app

COMO FUNCIONA
O aplicativo é composto por questões que vão desde dados pessoais, endereço, sinais e sintomas, atendimento médico, até informações de hábitos alimentares como locais que frequentou, alimentos que consumiu, onde compra os alimentos, consumo de água, preparação de alimentos, se procurou atendimento no posto de saúde, entre outras perguntas. Todas as informações serão enviadas para um sistema da Universidade que poderá ser acessado pelos gestores da prefeitura, depois, os dados serão enviados direto para o executivo.

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Na tarde desta quarta-feira, o prefeito, Jorge Pozzobom, e a secretária de Saúde, Liliane Mello Duarte, foram conhecer o aplicativo. Está prevista para esta quinta uma reunião com a equipe da Vigilância em Saúde do Estado e do município. Conforme a responsável pela pasta, o georreferenciamento vai ajudar a localizar as pessoas e conhecer melhor os hábitos e costumes que possam ser as possíveis causas da toxoplasmose.

- A maior mudança é o melhor acesso à população, para que a gente possa fazer um diagnóstico dessa situação e desse perfil epidemiológico. Responder perguntas importantes para se caracterizar da onde vem o surto, se é da água, se é do alimento ou se é dos dois, pesquisar os detalhes, o dia a dia das pessoas. Isso é mais um instrumento a busca ativa, que vai melhorar, dá mais informações, e possibilita cruzar em tempo mais rápido as informações - avaliou a secretária de Saúde.

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Saiba mais:
O aplicativo chamado de SP-NIT (Saúde Pública - Sistema de notificação e investigação de toxoplasmose) está pronto, mas ainda passará por testes. Confira alguns itens que fazem parte do questionário:

  • Dados pessoais
  • Endereço
  • Sinais e sintomas
  • Atendimento médico
  • Em que tipo de situação a pessoa foi atendendida
  • Se possui animais de estimação
  • Hábitos alimentares
  • Locais que frequentou
  • Alimentos que consumiu
  • Locais onde compra os alimentos
  • Consumo da água
  • Preparação dos alimentos,
  • Se procurou atendimento no posto de saúde
  • Se passou por exame laboratoriais

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